O atendimento psicológico oferecido à uma criança é um suporte que une outros saberes, culturas, normas, condutas..
O psicólogo atende à criança, aos pais, professores e seu meio quando necessário. Levar uma criança ao consultório não requer apenas o tempo, o cheque e a frequência. Neste caso, a casa é a extensão do consultório onde pais absorvem , quando interessados, novas formas de conduzir a criação de seu filho.
O trabalho do psicólogo necessariamente depende da troca com a escola, pois a criança passa parte de seu tempo com o professor, com os colegas de classe e é lá que ela passa a saber dividir, socializar, trocar, ceder, impor-se e colocar em prática o que lhe é sugerido no setting terapêutico.
Quando o trabalho do profissional psicólogo é valorizado pelos pais da criança, a residência também torna-se a extensão do consultório. E os pais precisam impor regras e limites ao filho na prática e não apenas na teoria. As vezes este processo se torna exaustivo, pois não existe 'fórmula de bolo' para acertar sempre na criação de um filho. A criança, diferentemente do adulto não frequenta a terapia por vontade própria no início, daí a dificuldade no começo em manter um vínculo ' com quem eu não conheço ou não quero'.
O trabalho se torna sério e proveitoso quando isto acontece.
Porém, cada caso é singular. A criança sabe de tudo que se passa ao seu redor. Independente do motivo ( agressividade, timidez, builing, separação dos pais ou falecimento, solidão, dificuldade de aprendizagem..) cada criança tem o seu 'time' para ter o seu 'insight' e este acontece quando TODOS se entregam à análise da criança em questão respeitando a singularidade do outro.
