terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Ciclo,repetição...

Muitas vezes quando paramos para rever nossas vidas, nossos valores, nossos feitos podemos observar que alguém muito próximo em quem confiamos, nos espelhamos, nos influenciamos, geralmente alguém de mais idade que a nossa, tem um histórico de vida parecido com o que criamos para a gente. Cito criamos aqui porque as nossas vidas, as nossas escolhas e atitudes são criadas (feitas) por nós mesmos.
Repensar de onde vim para onde vou é pensar em quais características estamos nos espelhando "neste" outro que citei acima. Sim, porque existem bons feitos ou não, não é mesmo?
Sinto ciúmes porque minha mãe também é assim, sinto mágoa porque meu avô fez o mesmo com minha avó, sinto raiva de fulano porque me ensinaram que fulano não é gente boa, desconfio porque me ensianaram a ser assim, comprei tal carro porque meu pai gostaria de ter um deste, curto doces caseiros assim como minha avó, sou tímido porque meu irmão sempre foi melhor que eu, faço terapia porque eles acharam melhor assim....Espera aí...Suas escolhas, devem ser articuladas de acordo com a sua própria vontade.
É claro que não devemos levar ao extremo. Até porque é bacana trocar com o outro idéias e opiniões.Uma pessoa com mais experiência de vida pode ter um discurso significante.
Em quem você se espelha? Lembre-se, podemos admirar o outro sim, mas é bom ter o zelo de não repetir dificuldades, sentimentos e atitudes que não são nossos. São questões alheias que poderemos vir a repetir inconscientemente.
Não justifique seus "porques" indevidamente.
Cabe aqui repensar. Por que sinto ciúmes? Por que sinto mágoa? Por que sinto raiva? Por que escolhi tal lugar? Por que escolhi tal caminho? Por que quero "X" e não "Y"???

" Como vocês sabem, nós não nos vangloriamos jamais da completude e do acabamento definitivo de nosso saber e de nosso poder. Estamos tão prontos,agora, como estávamos, antes, a admitir as imperfeições de nosso conhecimento, a considerar qualquer coisa nova que se apresente, e a modificar, na nossa abordagem, o que possa ser colocado como algo melhor."
Sigmund Freud ( 1919:201).